Filme de ficção científica com estética pós-apocalíptica é produzido no Recife
CO44 retrata o futuro da Terra com efeitos especiais de animação
CO44 é o título do curta de ficção científica que o cineasta Bruno Cabús começou a dirigir há duas semanas no Recife, produzido com efeitos de animação stop motion misturados com filmagens de atores reais. Sem diálogos, o filme retratará o futuro da Terra, um planeta decadente e abandonado, onde uma cientista utiliza lixo para construir um equipamento que a ajudará a sobreviver.
Ayla Alencar e Claudio Ferrário são os atores principais, que contracenam com formas feitas de sucata elaboradas pelo próprio Cabús principalmente a partir de restos de equipamentos eletrônicos. O protagonista é um robô. As cenas com o elenco já foram encerradas há uma semana e a partir dos próximos meses o diretor ficará concentrado nas sequências de animação.
Cabús, que já dirigiu o curta Visceral (2012), trabalha com o conceito de “desobediência tecnológica“, criado pelo designer cubano Ernesto Oroza, que trabalha a ideia de utilizar com liberdade os objetos mecânicos, elétricos e eletrônicos, sem seguir imposições e regras do mercado e da indústria. O caminho do cinema fantástico não impede o filme de explorar a crítica social a partir de uma estética pós-apocalíptica, com mensagens sobre a preservação da natureza e o respeito aos direitos humanos. Galpões abandonados e ferros-velhos estão entre as locações utilizadas, todas no Recife. CO44 obteve patrocínio do Funcultura (R$ 79 mil).